Este é um filme dinamarquês onde se observa uma montagem bastante amadora, com vários cortes e retomadas repentinas, com diálogos longos, muitas vezes recheados de filosofia barata, que o torna lento, bastante diferente das produções americanas. Por isso, não espere uma obra de arte, mas um filme que traz uma história interessante.
Ravn é dono de uma empresa de tecnologia e que deseja vendê-la, porém, aí surge o problema. Ninguém na empresa sabe que ele é o proprietário, ele finge ser um funcionário da empresa que tem o contato com “o chefe de todos”.
Porém, o comprador deseja tratar com o proprietário e ninguém mais. Então, Ravn contrata um ator para se passar pelo presidente da empresa que acaba trazendo muitas surpresas.
E porque Ravn durante esses 10 anos, nunca disse que era o dono?
Ravn é o retrato de muitas pessoas que existem neste mundo que têm um medo enorme de perder o amor das pessoas, gosta de se sentir querido e adorado e para que não perdesse o carinho de todos, preferia se esconder quando havia medidas impopulares a serem tomadas, dizendo que eram ordens do “chefe do todo mundo”.
Quando se é um verdadeiro líder, temos que ter a coragem de enfrentar as pessoas, por isso a transparência é primordial, acima de tudo. Afinal, nem tudo são flores, na busca pelos resultados empresariais, muitas vezes, temos que tomar atitudes que não conseguem agradar a todos.
Por incrível que pareça, já encontrei muitos Ravns pelo caminho. Pessoas que todos sabem que são delas as decisões, mas preferem colocar a culpa em outros, para aliviar suas consciências, se isso é possível!
Acredito que o verdadeiro líder deve ser admirado pelo o que realmente é e não precisa se esconder por trás de um personagem.
E você? Conhece muitos Ravns pela vida ou é um deles?